Guia IA generativa na educação e na pesquisa é lançado pela UNESCO

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Imagem gerada por inteligência digital generativa com manipulação da autora deste post

Baixe o documento sobre a Recomendação sobre a Ética da Inteligência Artificial Generativa

Baixe o Guia da UNESCO para a IA generativa na educação e na pesquisa

Preocupações Associadas à Inteligência Artificial Generativa

Há várias questões preocupantes associadas aos desdobramentos da IAGen, além do reforço de padrões dominantes e da homogeneização do conhecimento, como você poderá analisar a seguir.

  • Reforço de padrões dominantes: os modelos de IAGen são treinados em vastos conjuntos de dados que refletem predominantemente os pontos de vista e as narrativas mais comuns ou populares. Isso pode levar a um reforço de ideias e perspectivas já dominantes na sociedade, marginalizando vozes minoritárias ou divergentes.
  • Homogeneização do conhecimento: quando fornece respostas ou gera conteúdo, a IAGen tende a ser uma síntese dos dados em que foi treinada, contribuindo para a homogeneização do conhecimento. Isso significa que, ao invés de promover a diversidade de pensamentos e ideias, pode acabar gerando conteúdo que se alinha mais frequentemente com o consenso ou com visões amplamente aceitas.
  • Limitação do pensamento pluralista e criativo: se a produção de conhecimento e narrativas depender cada vez mais da IAGen, há um risco de que o pensamento pluralista e criativo seja limitado. Isso porque a IAGen pode não ser capaz de captar nuances, contextos culturais específicos ou novas perspectivas que estão fora do escopo dos dados em que foi treinada.
  • Tendências dos dados: os dados usados para treinar IAGens são fundamentais para o seu funcionamento. Se esses dados contêm perspectivas conscientes ou inconscientes, eles serão refletidos nas saídas geradas pela IA. Isso pode perpetuar estereótipos, preconceitos e desigualdades existentes.

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Na leitura do artigo, saiba como conter esses problemas ao adotar algumas estratégias:

  • Sortimento dos conjuntos de dados: a diversidade dos dados que servem para treinar as IAGens devem ser diversos e representar uma ampla gama de perspectivas e experiências.
  • Auditorias e transparência: realize auditorias dos modelos IAGens frequentemente e com transparência para identificar e corrigir vieses.
  • Incorporação de vozes marginalizadas: trabalhe constantemente para ampliar e incorporar as vozes e narrativas marginalizadas tanto nos dados de treinamento quanto nos processos de desenvolvimento da IA.
  • Educação e conscientização: capacite desenvolvedores e usuários sobre os potenciais vieses e limitações da IAGen, promovendo um uso mais crítico e consciente dessa tecnologia.

A implementação dessas  medidas pode garantir que a IAGen colabore decisivamente para um ecossistema de conhecimento mais pluralista e criativo.

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  1. ChatGPT (Generative Pre-trained Transformer): Transformador Generativo Pré-Treinado.

    Compreenda, a seguir, cada termo:

    Chat: é a habilidade do modelo de se envolver em conversas interativas com usuários. A sua aplicação está em entender e gerar respostas em linguagem natural, simulando um diálogo humano.

    Generative: um modelo generativo tem condições de criar, produzir ou gerar novos exemplos ou dados de maneira autônoma, com base em padrões previamente aprendidos.

    Pre-trained: condiz com o pré-treinamento do modelo, com uma grande quantidade de texto da Internet antes de ser adaptado para contextos específicos. O treinamento inicial é fundamental para que o modelo generativo entenda e produza linguagem humana de maneira assertiva.

    Transformer: os transformadores possuem a capacidade de capturar dependências a longo prazo em sequências de texto, o que os torna muito eficazes para tarefas de processamento de linguagem natural (Natural Language Processing, NLP). Pode-se considerar que o transformer é a arquitetura subjacente do modelo, que é um tipo de rede neural desenvolvida especificamente para lidar com sequências de dados, como texto. ↩︎
  2. EdGPT (GPT Educacional” ou Transformador Pré-Treinado Generativo) para Educação) é uma referência específica a um modelo de linguagem baseado na arquitetura GPT da OpenAI, adaptado ou especializado para o campo da educação. A EdGPT pode ser usada para melhorar e inovar práticas educacionais por meio de suas capacidades de processamento de linguagem natural, como Assistência Educacional, Tutoria Virtual, Criação de Material Didático, e Avaliação Automática. ↩︎

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